Apesar de ainda importarmos peixe de outros países, como do Chile, a piscicultura brasileira vem se desenvolvendo de maneira robusta nos últimos anos, com significativos avanços em termos de aumento da produção e profissionalização do setor.
De acordo com um estudo da Embrapa, realizado em 2019 e publicado em 2020, esse crescimento está diretamente ligado à demanda do mercado doméstico, tendo vista que das 579 mil toneladas produzidas pela piscicultura brasileira em 2019 apenas 1,13% do total foram destinadas à exportação.
O documento ainda explica que o mercado brasileiro de peixes é complexo e diverso devido ao seu enorme tamanho e a grande diversidade socioeconômica verificada entre as várias regiões do país, sem falar da grande diversidade de espécies cultivadas por aqui. Muitas dessas espécies não são conhecidas nacionalmente, como é o caso do tambaqui, o que apresenta também um consumo regionalizado.
A pesquisa foi coordenada pela instituição e ouviu mais de 1.350 pessoas de cinco capitais, uma em cada região geográfica do Brasil. Consumidores que estavam em frente às peixarias dos supermercados foram o foco do estudo. A partir daí, aspectos importantes foram verificados, como a preferência dos consumidores pelo produto fresco e pelo filé e outros cortes.
Outro resultado é a consolidação da tilápia como um peixe bem conhecido pelos consumidores de todas as regiões do país, sendo o principal produto da piscicultura nacional, mesmo com a presença marcante de outros peixes, como o salmão, bastante encontrado nas peixarias dos supermercados do país e também bastante procurado pelos consumidores.